Política
Morre, aos 92 anos, o jornalista João FalcãoPublicada: 28/07/2011 00:27| Atualizada: 28/07/2011 11:03
Morre, aos 92 anos, o jornalista João FalcãoPublicada: 28/07/2011 00:27| Atualizada: 28/07/2011 11:03
O fundador do Jornal da Bahia, escritor, jornalista e empresário, João Falcão, de 92 anos, morreu na noite de ontem. Nascido em Feira de Santana, em 1919, João Falcão era bacharel em Direito. Ele teve intensa atuação na vida política nos anos 1940 e 1950, militando no Partido Comunista e na imprensa baiana.
Em 1945, fundou o matutino comunista “O Momento”, e em 1958 o combativo “Jornal da Bahia”. Autor do livro “Giocondo Dias - A Vida de um Revolucionário”, Editora Agir, 1993, Falcão era idealista. Comunista, ligado a Carlos Prestes, serviu até mesmo como seu motorista, como o próprio conta em livro. João Falcão casou-se em 1947 com Hyldeyh Ferreira, e tiveram sete filhos, vinte um netos e onze bisnetos.
Ao saber da morte do jornalista, o presidente da Associação Bahiana de Imprensa (ABI) e da Tribuna da Bahia, Walter Pinheiro, disse que a “Bahia perdeu um idealista, empreendedor, um guerreiro e intelectual. E eu perdi um amigo”. De acordo com ele, ainda no último dia 15, “o convidávamos para o lançamento da Medalha pelo Bi-Centenário da Imprensa Baiana, quando também seria homenageado, e ele, com a lhaneza de sempre, justificava a ausência, em face do tratamento a que vinha se submetendo”.
“Foi-se a última chance de agraciá-lo - em vida - com uma honraria que, em parte, saldaria o grande débito que a Bahia alimentou perante João Falcão, diante de sua incessante luta pela liberdade de imprensa, por uma sociedade mais justa e pelo desenvolvimento do nosso Estado.”
Sempre lembrado pelo lema “Não deixe esta chama se apagar”, com o que manteve nas ruas o Jornal da Bahia, mesmo ao transferir o seu controle acionário, nunca perdeu a imagem de um destemido escriba, lançando livros que preservaram a memória de um baiano cujos exemplos haverão de ser cultivados pelas gerações que se seguem”, concluiu Walter Pinheiro.
João da Costa Falcão nasceu a 24 de novembro de 1919 na cidade de Feira de Santana, filho de João Marinho Falcão e Adnil da Costa Falcão. Fez o curso primário na sua cidade natal, e o ginásio em Salvador, dos anos de 1930 a 1937.
Em 1938, ingressou na Faculdade Livre de Direito. Nesse mesmo ano começou sua militância no Partido Comunista do Brasil, na clandestinidade, porque se opunha à ditadura do Estado Novo, implantada no país em novembro de 1937. Fundou, ao lado de outros jovens, a revista Seiva, que seguia a orientação do PCB. Em dezembro de 1942, formou-se em Direito.
Em seguida, em 1943, foi convocado como soldado para servir ao Exército Brasileiro, em razão do Brasil ter declarado guerra ao Eixo, constituído pela Alemanha, Itália e Japão e ter se colocado ao lado dos Aliados, bloco constituído pela Inglaterra, Estados Unidos da América e a União Soviética.
Esta experiência durou pouco tempo, porque, em conseqüência de suas atividades comunistas, foi condenado, neste mesmo ano, a cinco anos de prisão pelo Tribunal de Segurança Nacional, foi expulso do Exercito e preso, até seus advogados conseguirem sua absolvição perante aquele Tribunal, meses depois.
João Henrique lamenta a morte do jornalista João Falcão e diz ele é exemplo para novas gerações
O prefeito João Henrique lamentou nesta quinta-feira (28) a morte do jornalista, escritor e empresário, João Falcão, ocorrida ontem. “Foi um baluarte da imprensa baiana, fundando um dos jornais (Jornal da Bahia) que fizeram história na Bahia e no Brasil pela luta em favor da democracia e contra o autoritarismo”. João Henrique lembra ainda a renovação que João Falcão capitaneou no jornalismo baiano e a valorização que deu a cultura. “É uma perda muito grande para a cultura brasileira. A Bahia está de luto pela perda desse grande patriota. Sua trajetória de vida será sempre um exemplo para as novas gerações. Hipoteco também minha solidariedade aos seus familiares”, disse o prefeito.
Em 1945, fundou o matutino comunista “O Momento”, e em 1958 o combativo “Jornal da Bahia”. Autor do livro “Giocondo Dias - A Vida de um Revolucionário”, Editora Agir, 1993, Falcão era idealista. Comunista, ligado a Carlos Prestes, serviu até mesmo como seu motorista, como o próprio conta em livro. João Falcão casou-se em 1947 com Hyldeyh Ferreira, e tiveram sete filhos, vinte um netos e onze bisnetos.
Ao saber da morte do jornalista, o presidente da Associação Bahiana de Imprensa (ABI) e da Tribuna da Bahia, Walter Pinheiro, disse que a “Bahia perdeu um idealista, empreendedor, um guerreiro e intelectual. E eu perdi um amigo”. De acordo com ele, ainda no último dia 15, “o convidávamos para o lançamento da Medalha pelo Bi-Centenário da Imprensa Baiana, quando também seria homenageado, e ele, com a lhaneza de sempre, justificava a ausência, em face do tratamento a que vinha se submetendo”.
“Foi-se a última chance de agraciá-lo - em vida - com uma honraria que, em parte, saldaria o grande débito que a Bahia alimentou perante João Falcão, diante de sua incessante luta pela liberdade de imprensa, por uma sociedade mais justa e pelo desenvolvimento do nosso Estado.”
Sempre lembrado pelo lema “Não deixe esta chama se apagar”, com o que manteve nas ruas o Jornal da Bahia, mesmo ao transferir o seu controle acionário, nunca perdeu a imagem de um destemido escriba, lançando livros que preservaram a memória de um baiano cujos exemplos haverão de ser cultivados pelas gerações que se seguem”, concluiu Walter Pinheiro.
João da Costa Falcão nasceu a 24 de novembro de 1919 na cidade de Feira de Santana, filho de João Marinho Falcão e Adnil da Costa Falcão. Fez o curso primário na sua cidade natal, e o ginásio em Salvador, dos anos de 1930 a 1937.
Em 1938, ingressou na Faculdade Livre de Direito. Nesse mesmo ano começou sua militância no Partido Comunista do Brasil, na clandestinidade, porque se opunha à ditadura do Estado Novo, implantada no país em novembro de 1937. Fundou, ao lado de outros jovens, a revista Seiva, que seguia a orientação do PCB. Em dezembro de 1942, formou-se em Direito.
Em seguida, em 1943, foi convocado como soldado para servir ao Exército Brasileiro, em razão do Brasil ter declarado guerra ao Eixo, constituído pela Alemanha, Itália e Japão e ter se colocado ao lado dos Aliados, bloco constituído pela Inglaterra, Estados Unidos da América e a União Soviética.
Esta experiência durou pouco tempo, porque, em conseqüência de suas atividades comunistas, foi condenado, neste mesmo ano, a cinco anos de prisão pelo Tribunal de Segurança Nacional, foi expulso do Exercito e preso, até seus advogados conseguirem sua absolvição perante aquele Tribunal, meses depois.
João Henrique lamenta a morte do jornalista João Falcão e diz ele é exemplo para novas gerações
O prefeito João Henrique lamentou nesta quinta-feira (28) a morte do jornalista, escritor e empresário, João Falcão, ocorrida ontem. “Foi um baluarte da imprensa baiana, fundando um dos jornais (Jornal da Bahia) que fizeram história na Bahia e no Brasil pela luta em favor da democracia e contra o autoritarismo”. João Henrique lembra ainda a renovação que João Falcão capitaneou no jornalismo baiano e a valorização que deu a cultura. “É uma perda muito grande para a cultura brasileira. A Bahia está de luto pela perda desse grande patriota. Sua trajetória de vida será sempre um exemplo para as novas gerações. Hipoteco também minha solidariedade aos seus familiares”, disse o prefeito.
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