quarta-feira, 30 de junho de 2010

Péssima notícia para Serra

Texto do:Blog do Zé
Mais uma péssima notícia para Serra
Publicado em 30-Jun-2010 Álvaro Dias
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Na esteira da crise DEM-vice Álvaro Dias, o presidenciável da oposição, José Serra é obrigado desde ontem a administrar mais uma péssima notícia, a pesquisa Vox Populi (confirmando a mais recente do IBOPE). Essa é a segunda sondagem eleitoral a confirmar que Serra está com 35% das intenções de voto no 1º turno e foi ultrapassado por nossa candidata Dilma Rousseff (governo-PT-partidos aliados) com 40%.

Fora isso, Serra enfrenta a defecção do PSC de sua coligação. O partido justifica que saiu porque não foi ouvido e que os tucanos desprezaram a indicação do nome do senador Mão Santa (PSC-PI) para candidato a vice-presidente. O PSC queixa-se que nem sequer foi chamado para ouvir um NÃO. Fizeram a sugestão e simplesmente foram desconsiderados, tratados como se não existissem. Está aí mais uma prova para todo o Brasil de que não passa de retórica eleitoral e pura demagogia toda a discurseira de Serra com relação a fazer um governo com partidos, respeito a programas...

Num impasse que parece não ter fim, a convenção nacional do DEM foi aberta e suspensa em Brasília para novas rodadas de reuniões dos tucanos, dos demos e entre as cúpulas e lideranças dos dois partidos. Ainda não há sinal de fumaça branca, de paz e acordo entre as duas legendas, se bem que desenha-se no horizonte uma tendência que já vai permear essas reuniões: as coisas se encaminham para a retirada da candidatura a vice de Álvaro Dias, estopim dessa última grande crise. 

Quem quer ser vice de Serra? O DEM deve ter alguém que queira. Ou, então, aceita outro nome tucano numa chapa puro-sangue. Quem será? Até a meia noite, com a reabertura da convenção, esse nome deve sair porque hoje é o último dia permitido pela lei para a homologação de candidaturas.

Foto: Antonio Cruz/ABr

Somos nós, Brasil !

Dilma Rousseff é a cara do Brasil. Ela é Lula e Lula é ela. O Brasil está dando certo e nós apoiamos Dilma, por entendermos que ela dará continuidade ao trabalho de Lula. O Brasil nunca foi tão respeitado internacionalmente quanto agora. Não temos mais aquele complexo de país subdesenvolvido. Dilma é o caminho certo que Lula apontou e escolheu pra todos nós, brasileiros. Vamos fazer uma grande corrente para que ela vença logo no primeiro turno.

Pensamento de Romain Rolland


"Viver não é respirar é agir... é fazer uso dos nossos órgãos, dos nossos sentidos de nossas faculdades, de todas as partes de nós mesmos, que nos dá o sentimento de existência. O homem que mais viveu não é o que conta mais anos, mais aquele que mais sentiu a vida"
Romain Rolland

terça-feira, 29 de junho de 2010

Ruy Barbosa e a imprensa


"A imprensa é a vista da nação. Por ela é que a nação acompanha o que lhe passa perto ou longe, enxerga o que lhe malfazem, devassa o que lhe ocultam e tramam, colhe o que sonegam ou roubam, percebe onde lhe alveja ou nodoam, mede o que lhe cerceiam ou destroem, vela pelo que lhe interessa, e se acautela do que a ameaça"

Ilha do Urubu, Paulo Souto e Serra

NOTÍCIAS

Ligações perigosas entre Paulo Souto (DEM) e Serra (PSDB) passam pela Ilha do Urubu, Daniel Dantas e privatização da Coelba... 

As ligações perigosas de Paulo Souto, candidato do DEM ao governo da Bahia, com José Serra, candidato do PSDB à presidência, vêm de longe. O elo de ligação é o espanhol Gregório Marin Preciado, casado com uma prima de Serra, suspeito de representar os interesses de Daniel Dantas em negociatas e ser o caixa 2 das privatizações da era FHC. O livro “Os porões da privataria”, de Amaury Ribeiro Jr, revela tudo. Paulo Souto (DEM) vai ter muito o que explicar nestas eleições... 

Segue abaixo conteúdo completo produzido por Emiliano José sobre as ligações perigosas de Paulo Souto: GAÇÕES PERIGOSAS ENTRE PAULO SOUTO E JOSÉ SERRA 
(Para compreender a Ilha do Urubu e todo o seu entorno) 

Há algum tempo atrás denunciei na Câmara Federal o nebuloso e escandaloso caso da Ilha do Urubu, ocorrido na Bahia, em novembro de 2006, quando estava em fim de governo o Sr. Paulo Souto, do DEM. O ex-governador da Bahia e provável candidato ao governo do Estado, Paulo Souto, era acusado de ilegalidade, por Rubens Luis Freiberger e seu advogado José César Oliveira, através de uma ação popular que tramita no Tribunal de Justiça da Bahia, acerca do processo que envolveu a doação de terras da “Ilha do Urubu”, localizada no município de Porto Seguro, área da Costa do Descobrimento, no Extremo Sul da Bahia. 

De acordo com as informações fornecidas à imprensa pelo advogado César Oliveira, no Processo nº. 359.983-3, ao final do seu governo, Paulo Souto doou a Ilha do Urubu aos herdeiros da família Martins, posseiros da área em questão. Quatro meses depois, os herdeiros venderam essas terras ilegalmente (pois teriam que preservá-las por cinco anos) por R$ 1 milhão ao empresário Gregório Marin Preciado. Ainda segundo Oliveira, “mais ou menos um ano depois, Gregório Preciado revendeu o terreno a um mega-especulador belga, Philippe Meeus, por R$ 12 milhões”. Uma negociata como essa, com um lucro desse tamanho, não se encontra a qualquer hora, e menos ainda um governador que a propicie, como o ex-governador Paulo Souto o fez. 

Gregório Marin Preciado, espanhol, naturalizado brasileiro, é casado com a prima de José Serra, governador de São Paulo e pré-candidato à presidência da República. Para o advogado César Oliveira: “No mínimo, houve leniência por parte do Estado. O terreno vale, hoje, R$ 50 milhões, pois se trata de uma das áreas mais valorizadas da América Latina”. 

A mídia hegemônica, concentrada no Centro-Sul do País, repercute intensamente manobra da campanha do Sr. José Serra acusando o PT de preparar dossiê para atingi-lo. Conta com pistoleiros de aluguel distribuídos por vários órgãos. Conta especialmente com uma excrescência chamada Veja, acostumada a mentir, a caluniar, um veículo que de há muito se distanciou daquilo que se conhece como jornalismo, e que está de um lado só, o do candidato Serra. Ou de quaisquer outros que se coloquem a favor de projetos reformistas para o País. Para isso, para se opor a quaisquer transformações progressistas, Veja está disposta a fazer qualquer coisa. 

Veja é o extremo, a direita mais raivosa, a mais escancarada, sempre pronta ao jogo sujo. Ela é o lado mais torpe do Instituto Millenium, organização que reuniu em São Paulo, em março deste ano, os dirigentes dos principais órgãos de comunicação da mídia hegemônica para traçar a estratégia de combate ao PT e à nossa candidata, Dilma Rousseff. Envergonha o jornalismo brasileiro, embora, como se sabe, não esteja sozinha nisso. Funciona como pauteira do resto da imprensa, que repercute com todo estardalhaço as matérias que ela constrói, não importando qual o grau de apuração de tais matérias, se estão fundadas em fatos ou não, se ouviu todos os lados, essas lições triviais do jornalismo, de há muito flagrantemente desrespeitada por ela e seus parceiros. 

Em sua coluna “Tempo Presente” de 06/06/2010, no jornal A Tarde, o jornalista Levi Vasconcelos afirma no artigo “Os ensaios do jogo sujo”, entre outras coisas, que “ainda sem saber que estratégia usar contra um governo de alta popularidade...” o marketing do PSDB finalmente parece ter encontrado a luz do caminho. De uma tacada só jogou na mídia uma vacina e um ataque contra o PT ao levantar suspeitas de um dossiê fabricado (ou em fabricação) para atingir José Serra. A vacina é para desacreditar uma possível denúncia contra seu candidato. E o ataque é para tentar atribuir ao PT o “jogo sujo”. 

Desmontando arapucas 

Os jornalistas Luiz Carlos Azedo, titular da coluna Brasília-DF do Correio Braziliense, e Luís Nassif, editor de blog, revelaram que ao invés de um dossiê, o que existe é um livro “sobre os bastidores das privatizações”, originário da guerra travada entre José Serra e Aécio Neves, de acordo com Nassif, quando os então governadores tucanos de São Paulo e Minas Gerais disputavam a pré-candidatura do PSDB à Presidência. 

Com o título “O caso do dossiê”, o texto publicado por Nassif em seu blog, em 04/06, desacredita a produção ou existência de novo dossiê contra Serra e afirma que “a história é outra”: “Quando começou a disputa dentro do PSDB, pela indicação do candidato às eleições presidenciais, correram rumores de que Serra havia preparado um dossiê sobre a vida pessoal de seu adversário (no partido) Aécio Neves”. 

A banda mineira do PSDB resolveu se precaver. E recorreu ao (jornal) Estado de Minas para que juntasse munição dissuasória contra Serra. O jornal incumbiu, então, seu jornalista Amaury Ribeiro Jr. de levantar dados sobre Serra. Durante quase um ano Amaury se dedicou ao trabalho, inclusive com viagens à Europa, atrás de pistas. Amaury é repórter experiente, farejador, que já passou pelos principais órgãos de imprensa do País. Passou pelo O Globo, pela Isto É, tem acesso ao mundo da polícia e é bem visto pelos colegas em Brasília. 

Nesse ínterim, cessou a guerra interna no PSDB e Amaury saiu do Estado de Minas e ficou com um vasto material na mão. Passou a trabalhar, então, em um livro, que já tem 14 capítulos. Quando a notícia começou a correr em Brasília, acendeu a luz amarela na campanha de Serra. O Conversa Afiada, blog do jornalista Paulo Henrique Amorim, divulgou que: “recebeu de amigo navegante mineiro o texto que serve de introdução ao livro “Os porões da privataria” de Amaury Ribeiro Jr., que será lançado logo depois da Copa, em capítulos, na internet. Vai desembarcar bem na época da eleição. 

É um trabalho de dez anos de Amaury Ribeiro Jr, que começou quando ele era do Globo e se aprofundou com uma reportagem na Isto É sobre a CPI do Banestado. Não são documentos obtidos com espionagem - como quer fazer crer a feroz defesa de Serra. É o resultado de um trabalho minucioso, em cima de documentos oficiais e de fé pública. Um dos documentos, Amaury Ribeiro obteve depois de a Justiça lhe conceder “exceção da verdade”, num processo que Ricardo Sérgio de Oliveira move contra ele. E perdeu.

Amaury mostra, pela primeira vez, a prova concreta de como, quanto e aonde Ricardo Sérgio recebeu pela privatização. Num outro documento, aparece o ex-sócio de Serra e primo de Serra, Gregório Marin Preciado, no ato de pagar mais de US$ 10 milhões a uma empresa de Ricardo Sérgio. As relações entre o genro de Serra e o banqueiro Daniel Dantas estão esmiuçadas de forma exaustiva nos documentos a que Amaury teve acesso. O escritório de lavagem de dinheiro Citco Building, nas Ilhas Virgens britânicas, um paraíso fiscal, abrigava a conta de todo o alto tucanato que participou da privataria.

Cito a seguir alguns trechos da matéria de Paulo Henrique Amorim: 


“Quem recebeu e quem pagou propina. Quem enriqueceu na função pública. Quem usou o poder para jogar dinheiro público na ciranda da privataria. Quem obteve perdões escandalosos de bancos públicos. Quem assistiu os parentes movimentarem milhões em paraísos fiscais. 





Um livro do jornalista Amaury Ribeiro Jr., que trabalhou nas mais importantes redações do país, tornando-se um especialista na investigação de crimes de lavagem do dinheiro, vai descrever os porões da privatização da era FHC. Seus personagens pensaram ou pilotaram o processo de venda das empresas estatais. Ou se aproveitaram do processo. Ribeiro Jr. promete mostrar, além disso, como ter parentes ou amigos no alto tucanato ajudou a construir fortunas. Entre as figuras de destaque da narrativa estão o ex-tesoureiro de campanhas de José Serra e Fernando Henrique Cardoso, Ricardo Sérgio de Oliveira, o próprio Serra e três dos seus parentes: a filha Verônica Serra, o genro Alexandre Bourgeois e o primo Gregório Marin Preciado. Todos eles, afirma, tem o que explicar ao Brasil. 

Ribeiro Jr. vai detalhar, por exemplo, as ligações perigosas de José Serra com seu clã. A começar por seu primo Gregório Marin Preciado, casado com a prima do ex-governador Vicência Talan Marin. Além de primos, os dois foram sócios. O “Espanhol”, como (Marin) é conhecido, precisa explicar onde obteve US$ 3,2 milhões para depositar em contas de uma empresa vinculada a Ricardo Sérgio de Oliveira, homem-forte do Banco do Brasil durante as privatizações dos anos 1990. E continuará relatando como funcionam as empresas offshores semeadas em paraísos fiscais do Caribe pela filha – e sócia — do ex-governador, Verônica Serra, e por seu genro, Alexandre Bourgeois. Como os dois tiram vantagem das suas operações, como seu dinheiro ingressa no Brasil… 

A trajetória do empresário Gregório Marin Preciado, ex-sócio, doador de campanha e primo do candidato do PSDB à Presidência da República mescla uma atuação no Brasil e no exterior. Ex-integrante do conselho de administração do Banco do Estado de São Paulo (Banespa), então o banco público paulista – nomeado quando Serra era secretário de planejamento do governo estadual, Preciado obteve uma redução de sua dívida no Banco do Brasil de R$ 448 milhões (1) para irrisórios R$ 4,1 milhões. Na época, Ricardo Sérgio de Oliveira era diretor da área internacional do BB e o todo-poderoso articulador das privatizações sob FHC. Ricardo Sérgio também ajudaria o primo de Serra, representante da Iberdrola, da Espanha, a montar o consórcio Guaraniana. Sob influência do ex-tesoureiro de Serra e de FHC, mesmo sendo Preciado devedor milionário e relapso do BB, o banco também se juntaria ao Guaraniana para disputar e ganhar o leilão de três estatais do setor elétrico. 

Percorrendo os caminhos e descaminhos dos milhões extraídos do país para passear nos paraísos fiscais, Ribeiro Jr. constatou a prodigalidade com que o círculo mais íntimo dos cardeais tucanos abre empresas nestes édens financeiros sob as palmeiras e o sol do Caribe. Foi assim com Verônica Serra. Sócia do pai na ACP Análise da Conjuntura, firma que funcionava em São Paulo em imóvel de Gregório Preciado, Verônica começou instalando, na Flórida, a empresa Decidir.com.br, em sociedade com Verônica Dantas, irmã e sócia do banqueiro Daniel Dantas, que arrematou várias empresas nos leilões de privatização realizados na era FHC. 

Os urubus e os benefícios 

Nas denúncias aqui na Bahia, apresentadas pelo advogado César Oliveira, informa-se que: “O senhor Gregório Marin Preciado responde a uma ação penal do Ministério Público Federal por uma dívida de R$ 55 milhões, que foi perdoada irregularmente pelo Banco do Brasil. Ele tomou também um empréstimo de R$ 5 milhões no Banco do Brasil e deu a Ilha do Urubu como garantia, enquanto litigava com a família Martins, disputando a posse da Ilha”. 

Ainda segundo o advogado, no ano de 1993, Gregório Marin Preciado havia contraído empréstimos no Banco do Brasil para duas empresas de sua propriedade – a Gremafer e a Acetato. Como Preciado não conseguiu pagar o débito, no ano de 1995, entrou em cena o Sr. Ricardo Sérgio, que, na época, era diretor do Banco do Brasil e ficou conhecido por ser caixa das campanhas de José Serra e FHC. Ele conseguiu para Gregório Preciado um gracioso desconto de 16 milhões de reais na tal divida. 

Mas a coisa não parou por aí. Mesmo inadimplente, Gregorio Preciado arrancou outro empréstimo de 2,8 milhões de dólares no mesmo Banco do Brasil. Reportagem de maio de 2002, da Folha de São Paulo, destacou que documentos internos do Banco tratavam aquelas negociações como heterodoxas e atípicas e, por isso, o agente financeiro começou a listar os bens do Sr. Preciado para arrestá-los. Foi assim que se descobriu a propriedade de um terreno valiosíssimo no bairro do Morumbi, onde José Serra era dono de metade e Gregório Preciado da outra parte. O terreno foi vendido rapidamente antes de o Banco do Brasil fazer o arresto e ambos foram beneficiados. 

No ano de 1996, Ricardo Sérgio (diretor do Banco do Brasil com influência na Previ) montou com Preciado o consórcio Guaraniana S/A. Segundo notícias da época, o mencionado consórcio foi composto pela Previ, Banco do Brasil e por fundos administrados pela instituição, e tem como sócia a Iberdrola, empresa gigante do setor energético. Ainda de acordo com o advogado Dr. José César Oliveira, esta deu a representação da Guaraniana a Gregório Marin Preciado. 

Com o processo de privatização ocorrido no governo Fernando Henrique, o consórcio montado pelos dois, o tesoureiro e o parente de José Serra, entre 1997 e 2000, arrematou a baiana Coelba, a pernambucana Celpe e a potiguar Cosern, e Gregório Marin Preciado, de inadimplente do Banco do Brasil, passou a ser o todo poderoso representante da Iberdrola no consórcio montado. 

O aprofundamento das relações de Paulo Souto, então governador, com Gregório Marin Preciado, parente de José Serra, cujo nome aparece amplamente nas denúncias que estão circulando, passou pela privatização da Coelba e pela doação da Ilha do Urubu. Esta, ocorrida no dia 20 de novembro de 2006, ao apagar das luzes de seu governo, isso no bojo de centenas de outros fatos irregulares, cometidos após a sua derrota nas eleições. Derrota que levou Jaques Wagner ao governo da Bahia. 

Ou seja, já há muito tempo que na Bahia as turmas de Paulo Souto e José Serra são aliadas, não só politicamente, nem só nas eleições de 2010, mas em várias operações, digamos, heterodoxas, como revelamos ao longo desse texto. Durante a campanha, se não for antes, Paulo Souto e Serra terão que explicar muitas coisas. A farra do urubu, uma delas. Aí, é só puxar o fio de Ariadne.

segunda-feira, 28 de junho de 2010

“O BRASIL INTEIRO DESEJA QUE AS COISAS CONTINUEM INDO BEM”, DIZ ALENCAR

26.06.2010
O vice-presidente da República, José Alencar, avaliou hoje que a população quer o avanço das políticas públicas do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Ao chegar para a Convenção Nacional do PRB em Brasília, Alencar defendeu a continuidade e afirmou que o Brasil vive um clima de esperança.
“O Brasil inteiro deseja que as coisas continuem indo bem não só no campo político como principalmente no campo social. Todas as pessoas estão esperançosas para que tudo possa ser feito em benefício delas, porque elas são o Brasil”, disse o vice-presidente, acrescentando que está “muito satisfeito” com o rumo da campanha eleitoral do PT.
O PRB oficializa neste sábado o apoio à candidatura de Dilma Rousseff à presidência da República. Na chegada ao encontro do PRB, Dilma foi aclamada pela militância que aguarda agora seu discurso.

domingo, 27 de junho de 2010

Razões de ser do Brasil Livre, parte I

Não nasci sob o signo da ditadura, mas do regime democrático. Sou da geração pós guerra. Ainda criança, assisti , com meus olhos infantis, o surgimento de um regime autocrático que me apavorou desde o começo.
Ouvia meu pai dizer a minha mãe, "Gilka, ainda há esperança, Brizola está resistindo no Rio Grande do Sul". Nessa época meu pai era vereador, em Salvador, pelo PSD. A resistência de Brizola não prosperou. Jango era contra derramamento de sangue.
Nos primeiros momentos da ditadura, ouvíamos, constantemente, rumores de que meu pai seria preso a qualquer momento. Eu e meus irmãos ficávamos apavorados. Na verdade aterrorizados com essa idéia de ver nosso pai sendo preso.
Pequeno, recordo, conversei com minha irmã que tínhamos que lutar caso a "polícia do exército" entrasseem  nossa casa. Ela, mais velha, me dizia: "como, meu irmão, nós não temos armas e eles tem. "
Essa onda de boatos não cessava. Meu pai exercitava a vereança com muito brilho. Além disso exercia a medicina. Foi durante muito tempo um médico clínico conceituado e médico de família. A política e a medicina, para ele, eram duas devoções que se casavam. Como médico não podia suportar tanta injustiça e tantas desigualdades. Não tinha preocupações materiais. Saiu da política perdendo patrimônio. Vive com uma minguada aposentadoria do Estado e, face a idade, não recorreu à comissão de anistia para pleitear melhoria salarial. A aposentadoria dele, como médico do Estado, é vergonhosa para o próprio Estado.
Recordo que ele tinha um Jeep e, várias vezes compareci à Câmara Municipal onde tomei o melhor cafezinho da minha vida. Também ali, conheci um homem bastante idoso, com a pele enrugada e cabelos brancos. Era tão diferente! Usava um fraque, com o colarinho suspenso e uma gravata fina. Isso nos anos sessenta do século vinte! Era um homem do século dezenove, que retratava a moda de outro século. Era empático. Eu o olhava de um modo tal que ele veio ao meu encontro. Falou comigo, perguntou se sabia ler e escrever e me deu um lápis preto e uma cartilha. Depois perguntei a meu pai quem era aquele homem diferente e soube que era o vereador Cosme de Farias. Achei ele engraçado. Gostei dele, do jeito dele, do modo afável como se aproximou de mim e, principalmente pelo presente que me deu. Tempos depois é que fui conhecendo melhor a figura lendária de Cosme de Farias, o advogado dos pobres.
Mas, em meio a tanta boataria, chegou o dia mais terrível de todos. Os militares queriam a cabeça do prefeito Virgildásio Senna e qualquer vereador que se insurgisse sairia dali preso.
Pânico geral na Câmara de Vereadores da capital baiana. O zum-zum-zum era um só nesta soterópolis. Sempre tinham aquelas figuras que lembram os ´Silvérios dos Reis´. A lição de Cristo, que teve doze apóstolos,revela que um deles o negaria e outro o trairia. Os Palácios são assim, cheios de Silvérios e Iscariotes, não lhes faltam bajulação, intriga e outros ingredientes macabros que só os grandes homens podem suportar. Mas continuemos sem muitas divagações.
Ouvia muita gente pedindo a meu pai pra votar como mandavam os ditadores. Ele era irredutível até o dia em que eu disse, a mim mesmo: "ele tem razão, melhor ser preso como homem do que viver como um frouxo".
Temia, mas dava razão a ele. Não queria que ele fosse preso, afinal, era ele quem dava o sustento da família. Como ficaria minha mãe, eu e meus irmãos? Preocupações infantis. Só sabíamos brincar e estudar e agora vivíamos aquele pesadelo. Que seria de minha mãe?
Solidariedade consistente chegava através de meu tio, Geraldo da Costa Leal e de Dr. Jayme Guimarães, que tanto se notabilizou em defesa de presos políticos. Uma, dentre poucas figuras, notáveis, que conheci..

Razões de ser do Brasil Livre, parte II

Bem, ai tivemos toda aquela história das rebeliões estudantis, das passeatas, do que ocorreu a partir dos sessenta e oito, do AI-5, fechamento do Congresso, da luta armada, da extinção de partidos, do PMDB de verdade, que não é mais aquela sigla dos que compunham a frente popular, das torturas, dos presos políticos e dos desaparecidos. Bombas no Rio Centro e em bancas de jornal, revelava o desespero dos extremistas....


No final, quando já estávamos no derradeiro caminho da democracia, fui com meu pai para Brasília. Fomos para o apartamento de Virgildasio Sena, onde ficamos hospedados. Já havíamos nos hospedado no apartamento de Chico Pinto, em épocas diferentes. Brasília é a capital que guardo maior identidade, depois do Rio de Janeiro.
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Nossa ida à Brasília tinha a ver com a nova Constituição do Brasil, a ser promulgada por Ulysses Guimarães. Só não sabia que iria ser presenteado e homenageado por meu pai e Virgildasio Sena. Eles me proporcionaram a honra de assistir, dentro do Congresso Nacional, a promulgação da nova constituição do Brasil.


Tinha que ter um traje todo escuro como recomendava o cerimonial. Como não possuía, saímos para comprar a roupa. Compramos tudo e só esquecemos do sapato, que não era preto, mas camurçado, meio alaranjado, tipicamente nordestino. Não tinha jeito, só tinha mesmo aquele sapato, única nota distoante e que poderia me atrapalhar. Dia seguinte, na hora marcada, me vesti e saímos os três no mesmo táxi, rumo ao Congresso Nacional


Até chegarmos ao congresso passamos por diversas barreiras. Meu passaporte era uma insígnia de deputado estadual na lapela do paletó. Os soldados viam e mandavam passar.


Até que chegamos ao meu destino, foram várias barreiras. Finalmente chegamos ao ponto em que nos separaríamos. Eles, sim, eram deputados de verdade.


Eu estava orientado, mas não conhecia nada dos anexos. Desci, fui em direção ao anexo. Passei tranquilo pela barreira. Fui em direção ao elevador. Era tudo muito intuitivo. Ao chegar no local dos elevadores vi Lídice da Mata, deputada, com o marido, e fiz de conta que não os tinha visto. Ainda tinha um pouco daquele personagem do Henfil, chamado de Ubaldo. Não sei, poderiam atrapalhar com perguntas.


O "meu" elevador chegou. Estava tão apressado que não reparei que o mesmo estava subindo. Ao invés de descer, subia. Parava, subia. A volta foi do mesmo modo. Sempre havia alguém precisando usar o elevador.  Isso me angustiava e impacientava, mas não podia demonstrar. Precisava descer para pegar a esteira rolante, subterrânea, que me conduziria até o congresso.


Tudo era incrível: eu estava passando por baixo da avenida, por baixo da terra, através de uma arquitetura subterrânea fantástica e engenhosa, até chegar ao Congresso Nacional. Me senti mais aliviado.


Perto do final vi meu pai e Chico Pinto conversando. Eu procedia de modo engraçado. Fingia que não estava vendo os conhecidos. Meu pai veio ao meu encontro pra saber o que tinha acontecido comigo, afinal demorei e ele estava preocupado. Falei do elevador que me atrasou. Recebi novas orientações e, mesmo assim, estava um pouco perdido.Na verdade eu não imaginava que fosse ser auxiliado. Imaginava que tudo correria por minha própria conta.


Sai andando, com meu sapato destoante, quando fui abraçado, com empolgação, por uma personalidade interessante, que sorria enquanto me orientava. Inteligente me fez parecer íntimo dele e eu ainda estava meio embaraçado. Recebi nova orientação. A primeira de todas era pra sorrir, afinal éramos amigos. Depois fui conduzido, com o ar alegre e feliz,  batendo papo com meu anfitrião, até um determinado ponto.


O companheiro me deu as últimas instruções: "agora é fácil e você sozinho, só restam duas barreiras a vencer. Siga tranquilo. Após vencida a segunda barreira, você subirá uma escada e pronto". Despedimo-nos e cada um seguiu seu destino. Nunca mais o vi. Gostaria de revê-lo! Ele surgiu do nada e foi tão importante pra mim...


Estas duas últimas barreiras foram as mais difíceis Na última eu sentia um certo nervosismo, que tentei disfarçar olhando um daqueles homens de paletó, com cara de agente secreto, e indaguei:" estes livros estão sendo distribuídos?" e ele respondeu que sim. Falei com ar de autoridade. Apanhei o meu exemplar, da nova constituição, chamada de cidadã, e continuei o caminho. Dito e certo cheguei a tal escada e pronto. Estava no cume da glória, presenciando um momento histórico.


Dai em diante era relaxar e assistir o meu Brasil Livre ir virarando o jogo. Éramos nós que estávamos dando as cartas, novamente, mas era apenas o começo de um novo caminhar.


Era um sonho para o qual muita gente havia contribuído, inclusive com a própria vida, e eu sabia o quanto aquele momento era importante pra mim. Sabia do significado do ato.


Ainda não estávamos totalmente livres, mas estávamos saindo daquele sufoco e derrotando um monstro. A sensação de participar da história, de contribuir para o avanço dela, nos dá sentido à existência.


Sei que nessa minha incurssão, como penetra, tudo funcionou perfeitamente bem e agradeço a todos por terem me dado este enorme presente.


Eu não era nada, muito menos deputado, mas estava lá dentro, vendo e ouvindo tudo ao vivo e a cores. Escutava os seguranças procurando o "beijoqueiro" que, segundo eles, haviam penetrado no Congresso. Senti-me como se eu fosse o próprio "beijoqueiro" e estava tão próximo dos alertados seguranças..


Se me pegassem? Isto seria chato pra todo o esquema de segurança do Congresso. Uma desmoralização. Então compreendi que, uma vez ali dentro,  não poderiam fazer mais nada comigo.


Pude observar que o ministro da aeronáutica não estava sentado junto aos seus colegas de armas. O ministro do Exército e o da Marinha ficaram longe, à direita dele.Curioso é que diziam que o ministro da aeronaútica .tinha inclinação de esquerda. Isso é rídiculo, mas a paranóia era tamanha que tudo era crível.


Quando Ulysses falou dos facínoras que mataram  Rubens Paiva, notei que os dois ministros militares se entreolharam insatisfeitos. Foi o momento mais impactante do discurso.


Avançamos, passamos por vários presidentes. Tivemos dois Fernandos, que infelicitaram a Nação, com idéias de um PSDB caduco e desvairado, com manias de grandeza e muito gosto por privatizações. Pareciam estar vendendo o Brasil em nome do "mercado livre".


Vencemos, finalmente. Tudo vem dando certo e resolvi criar este blog com o título do meu sonho, agora realizado, com maior plenitude, no governo Lula, que será sucedido por Dilma Rousseff, que é o de um BRASIL LIVRE. Hoje é assim que vejo o Brasil. Respiramos democracia. Atacam o presidente e ele segue o rumo dele sem perseguir ninguém, procedendo de modo contrário dos seus antecessores, que perseguiam.


Dilma vencerá e será uma grande conquista, pois será a primeira mulher a governar uma Nação, internacionalmente reconhecida, sem aqueles estigmas, de outrora, que nos deixava com o complexo de inferioridade por sabermos que éramos um país subdesenvolvido. Hoje somos o Brasil Livre e que Deus nos conserve assim, neste rumo, pois tudo está dando certo nesse Brasil Livre

terça-feira, 22 de junho de 2010

Dilma Rousseff ganha voto de Chico Buarque

Folha Online
29/04/2010 - 21h20
Reportagem Local
O cantor e compositor Chico Buarque de Holanda declarou seu voto na pré-candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff. "Eu confesso, vou votar na Dilma porque é a candidata do Lula e eu gosto do Lula", afirmou Chico em entrevista à revista "Brazuka", segundo o blog do Fernando Rodrigues.
No entanto, o cantor disse que não vê diferença se o pré-candidato do PSDB, José Serra, ganhar. "A Dilma ou o Serra, não haveria muita diferença".
Chico Buarque falou sobre o seu voto quando respondeu pergunta sobre declaração do cantor e compositor Caetano Veloso. No ano passado, Caetano afirmou que preferia a pré-candidata do PV, senadora Marina Silva (PV), porque ela não é "analfabeta nem grosseira como o presidente". O cantor foi repreendido pela mãe, Dona Canô Veloso, 102 anos, que pediu desculpa ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Para a "Brazuka", que é editada na França, Chico Buarque afirmou que sua mãe --Maria Amélia, de 100 anos-- e a de Caetano são eleitoras de Lula.
"Nossas mães são muito mais lulistas que nós mesmos. Mas não sou do PT, nunca fui ligado ao PT. Ligado de certa forma, sim, pois conheço o Lula mesmo antes de existir o PT, na época do movimento metalúrgico, das primeiras greves. Naquela época nós tínhamos uma participação política muito mais firme e necessária do que hoje", afirmou o cantor.
A revista perguntou a Chico Buarque se a imprensa trata o governo Lula injustamente. "Nem sempre é injusto, não há uma caça às bruxas. Mas há uma má vontade com o governo Lula que não existia no governo anterior", disse.

segunda-feira, 21 de junho de 2010

Por que eu voto em Dilma Rousseff

A questão não é por conta de Serra, mas pelo que ele representa em matéria de atraso. Teve sua história, é verdade, mas caiu nas malhas do PSDB/PFL e todos nós sabemos o grau de sofrimento que cada brasileiro padeceu durante o governo de FHC. Experiência traumática e desastrosa de governo !


Os dados publicados, em tópico, abaixo, embora ainda distantes da candidatura de Dilma Rousseff, servem para ilustrar, claramente, a razão de votarmos em Dilma e rejeitarmos Serra.


Estamos verificando que o Brasil nunca esteve na posição que ora ocupa no mundo. Lula fez esta nação ser respeitada. Comporta-se com muita dignidade e é muito carismático sem ser populista, como afirmam seus opositores.


Aliás, quem tem 85% da preferência do povo, não tem opositores do governo, mas opositores do povo. Serra, hoje, não faz apenas oposição a Lula, mas ao povo brasileiro.


Dilma foi indicada por Lula para sucede-lo e Lula sabe o que faz. Não foi à tóa que ele a escolheu. Ela tem predicados e requisitos abonadores.Tem um passado histórico bonito, apesar de seus detratores intentarem confundir a opinião pública, que apoia Lula como nenhum outro presidente da República.


Diz o dito popular que em time que está ganhando não se mexe. Pois é assim que vejo. Se o Brasil está no rumo certo, porque alguém vai querer se aventurar em votar em candidatos que nunca conseguiram chegar aonde Lula e Dilma chegaram?


Gostaria de cabar a eleição logo no primeiro turno com uma vitória esmagadora de Dilma.


Lí os comentários de Chico Buarque e gostei muito. Eu já tinha minha opinião formada sobre meu voto pra Dilma, mas, depois de ler o que Chico expôs, com rara felicidade, essa vontade cresceu e me deu mais alento. Fortaleceu ainda mais as minhas convicções.


Peço, aos caros leitores que examimem a Brasil de hoje, com qualquer outro momento da política nacional e me diga se Lula não está sendo extraordinário. Não há comparação. Lula acabou com aquela agonia que atormentava o povo brasileiro quanto a dívida com o FMI. Hoje o Brasil empresta dinheiro ao FMI. Não é fantástico seguir neste rumo?


Confesso a vocês que não desejo pra ninguém um outro governo infeliz como foi o de FHC, que Serra representa. Tudo que fizeram deu errado e Lula teve o enorme trabalho de consertar tudo e de ultrapassar nossas xpectativas. Recentemente falaram em crise internacional e o Brasil está com sua economia forte.


Hoje eu não tenho mais um automóvel por conta do governo FHC, que me deixou endividado. Não pagou o que deve aos servidores públicos. Meu FGTS foi uma vergonha. A aposentadoria de médico do meu pai, é outra vergonha. Não tenho boas lembranças do triste período em que Fernando Henrique esteve no poder. Tivemos dois Fernandos que foram de arrombar: O Henrique e o Collor.


Pensar mais no que? pensar agora em seguir o caminho que Lula traçou pra Dilma prosseguir. Acredito nela e sei que ela não irá nos decepcionar. Além do mais, chegou a hora de quebrarmos tabús e paradigmas. Porque não elegermos uma mulher para mostrar ao mundo que no Brasil elas tem vez e voz e sabem exercitar o poder e governar muito bem.


Não me alongarei mais. Estou com Dilma na cabeça e não mudo de jeito nenhum. Com ela estamos com Lula, e vice-versa. O resto é oposição ao povo e ao Brasil. Serra joga em outra seleção, que é a das privatizações.

OPINIÃO DE CHICO BUARQUE

Palavra de CHICO BUARQUE
Sem paixão e analisando friamente, vejo muita coerência nas seguintes
Sobre a crise política É claro que esse escândalo abalou o governo, abalou quem votou no Lula,  abalou sobretudo o PT. Para o partido, esse escândalo é desastroso. O outro lado da moeda é que disso tudo pode surgir um partido mais correto, menos arrogante. No fundo, sempre existiu no PT a idéia de que você ou é petista ou é um  calhorda. Um pouco como o PSDB acha que você ou é tucano ou é burro (risos). Agora, a crítica que se faz ao PT erra a mão. Não só ao PT, mas principalmente ao Lula. Quando a oposição vem dizer que se trata do governo mais corrupto  da história do Brasil é preciso dizer 'espera aí'. Quando aquele senador tucano canastrão diz que vai bater no Lula, dar porrada, quando chamam o Lula de vagabundo, de ignorante - aí estão errando muito a mão. Governo mais  corrupto da história? Onde está o corruptômetro?
É preciso investigar as coisas, sim. Tem que punir, sim. Mas vamos entender melhor as coisas. A gente sabe que a corrupção no Brasil está em toda parte. E vem agora esse pessoal do PFL, justamente ele, fazer cara de ofendido, de indignado. Não vão me comover...
 Preconceito de classe
O preconceito de classe contra o Lula continua existindo - e em graus até mais elevados. A maneira como ele é insultado eu nunca vi igual. Acaba inclusive sendo contraproducente para quem agride, porque o sujeito mais humilde ouve e pensa: 'Que história é essa de burro!? De ignorante!? De imbecil!?'. Não me Lembro de ninguém falar coisas assim antes, nem com o Collor. Vagabundo!
Ladrão! Assassino! - até assassino eu já ouvi. Fizeram o diabo para impedir que o Lula fosse presidente.Inventaram plebiscito, mudaram a duração do mandato, criaram a reeleição.Finalmente, como se fosse uma concessão, deixaram Lula assumir. 'Agora sai  já daí, vagabundo!'. É como se estivessem despachando um empregado a quem se permitiu o luxo de ocupar a Casa Grande. 'Agora volta pra senzala!'. Eu não Gostaria que fosse assim. Eu voto no Lula! A economia não vai mudar se o presidente for um tucano. A coisa está tão atada que honestamente não vejo muita diferença entre um próximo governo Lula e um governo da oposição. Mas  o país deu um passo importante elegendo Lula.
Considero deseducativo o discurso em voga: 'Tão cedo esses caras não voltam, eles não sabem fazer, não são preparados, não são poliglotas'. Acho tudo isso Muito grave.
Hoje eu voto no Lula. Vou votar no Alckmin? Não vou. Acredito que, apesar de a economia estar atada como está, ainda há uma margem para investir no social que o Lula tem mais condições de atender. Vai ficar devendo, claro. Já está devendo.
Precisa ser cobrado. Ele dizia isso: 'Quero ser cobrado, vocês precisam me cobrar, não quero ficar lá cercado de puxa-sacos'. Ouvi isso dele na última vez que o vi, antes dele tomar posse, num encontro aqui no Rio.
Sobre o PSOL
Percebo nesses grupos um rancor que é próprio dos ex: ex-petista, Ex-comunista, ex-tudo. Não gosto disso, dessa gente que está muito próxima do fanatismo, que parece pertencer a uma tribo e que quando rompe sai cuspindo fogo. Eleitoralmente, se eles crescerem, vão crescer para cima do PT e eventualmente ajudar o adversário do Lula.
Papel da mídia.
Não acho que a mídia tenha inventado a crise. Mas a mídia ecoa muito mais mensalão do que fazia com aquelas histórias do Fernando Henrique, a compra de votos, as privatizações. O Fernando Henrique sempre teve uma defesa sólida na mídia, colunistas chapa-branca dispostos a defendê-lo a todo custo. O Lula não tem. Pelo contrário, é concurso de porrada para ver quem bate mais.

CONSTATAÇÃO

Recebi de amigos interessante e-mail comparando o Governo de Lula com seus opositores e, depois de ler, parei para refletir e melhor ajuizar o atual governo, sem me deixar levar pela propaganda (falso-moralista) da nova UDN. Vejamos os dados:

DADOS COMPARATIVOS QUE O BRASIL COMEÇOU A CONHECER EM 2006

GOVERNO PSDB- Fernando Henrique (8 anos)
GOVERNO LULA (3,5 anos)

1) Número de policiais federais:
Governo Lula: 11 mil
Governo PSDB/PFL: 5 mil

2) Operações da PF contra a corrupção, sonegação de impostos, crime
organizado e lavagem de dinheiro.

Governo Lula: 183
Governo PSDB/PFL: 20

3) Prisões efetuadas pelos motivos acima:
Governo Lula: 2.971
Governo PSDB/PFL: 54

4) Criação de empregos :
Governo Lula: 6 milhões (4 milhões com carteira assinada)
Governo PSDB/PFL: 700 mil

5) Média anual de empregos gerados :
Governo Lula: 1,14 milhão
Governo PSDB/PFL: 87,5 mil

6) Taxa de desemprego nas regiões metropolitanas:

Governo Lula: 8,3%
Governo PSDB/PFL: 11,7%

7) Desemprego em SP, maior cidade do país:

Governo Lula: 16,9%
Governo PSDB/PFL: 19,0%

8) Exportações (em dólares):
Governo Lula: 118,3 bilhões
Governo PSDB/PFL: 60,4 bilhões

9) Balança comercial (em dólares):
Governo Lula: 103,3 bilhões (positivos)
Governo PSDB/PFL: - 8,4 bilhões (negativos)

10) Transações correntes (em dólares):
Governo Lula: 30,1 bilhões (positivos)
Governo PSDB/PFL: - 186,2 bilhões (negativos)

11) Risco-país:
Governo Lula: 204
Governo PSDB/PFL: 2.400

* No governo Lula, o país atingiu o patamar mais baixo da história.

12) Inflação:
Governo Lula: 2,8%
Governo PSDB/PFL: 12,53%

13) Dívida com o FMI (em dólares):
Governo Lula: dívida paga
Governo PSDB/PFL: 14,7 bilhões

14) Dívida com o Clube de Paris (em dólares):
Governo Lula: dívida paga
Governo PSDB/PFL: 5 bilhões

15) Dívida externa:
Governo Lula: 2,41%
Governo PSDB/PFL:12,45%

16) Empréstimo para habitação (em reais):
Governo Lula: 4,5 bilhões
Governo PSDB/PFL: 1,7 bilhões

17) Crescimento industrial:
Governo Lula: 3,77%
PSDB/PFL: 1,94%

18) Produção de bens duráveis:
Governo Lula: 11,8%
Governo PSDB/PFL: 2,4%


19) Aumento na produção de veículos:
Governo Lula: 2,4%
Governo PSDB/PFL: 1,8%

20) Crédito para a agricultura familiar:
Governo Lula: 6,1%
Governo PSDB/PFL: 2,4%

21) Valor do salário mínimo em dólares:
Governo Lula: 152
Governo PSDB/PFL: 55

22) Poder de compra do salário mínimo em relação à cesta básica:
Governo Lula: 2,2 cestas básicas
Governo PSDB/PFL: 1,3 cesta básica

23) Aumento do custo da cesta básica:
Governo Lula: 15,6%
Governo PSDB/PFL: 81,6%

24) Transferência de renda (em reais):
Governo Lula: 7,1 bilhões
Governo PSDB/PFL: 2,3 bilhões

25) Média por família:
Governo Lula: 70 reais
Governo PSDB/PFL: 25 reais

26) Atendidos pelo programa Brasil Sorridente (atendimento odontológico):
Governo Lula: 33,7%
Governo PSDB/PFL: 17,5%

* 15 milhões de brasileiros foram pela primeira vez ao dentista.

27) Mortalidade infantil indígena (por 1000 habitantes):
Governo Lula: 21,6
Governo PSDB/PFL: 55,7

28) Pró-jovem - estudo subsidiado
Governo Lula: 93 mil (18 a 24 anos)
Governo PSDB/PFL: não havia programa, nem registro.

29) Bolsa Família
Governo Lula: 11,1 milhões de famílias
Governo PSDB/PFL: o programa era o Bolsa Escola com atendimento restrito a
um pequeno número de pessoas.

30) Incremento no acesso a água no semi-árido nordestino
Governo Lula: 762 mil pessoas e 152 mil cisternas
Governo PSDB/PFL: zero, não havia programa.

31) Distribuição de leite no semi-árido (sistema pequeno produtor)
Governo Lula: 3,3 milhões de brasileiros
Governo PSDB/PFL: zero, não havia programa.

32) Áreas ambientais preservadas
Governo Lula: incremento de 19,6 milhões de hectares (2003 a 2006)
Do ano do Descobrimento do Brasil até 2002: 40 milhões de hectares

33) Apoio à agricultura familiar
Governo Lula: 7,5 bilhões (safra 2005/2006)
Governo PSDB/PFL: 2,5 bilhões (último ano de governo)

34) Compra de terras para Reforma Agrária
Governo Lula: 2,7 bilhões (2003 a 2005)
Governo PSDB/PFL: 1,1 bilhão (1999 a 2002)

35) Investimento do BNDES em micro e pequenas empresas:
Governo Lula: 14,99 bilhões
Governo PSDB/PFL: 8,3 bilhões

36) Investimento anual em saúde básica:
Governo Lula: 1,5 bilhão
Governo PSDB/PFL: 155 milhões

37) Equipes do Programa Saúde da Família:
Governo Lula: 21.609
Governo PSDB/PFL: 16.698

38) Índice BOVESPA
Governo Lula: 35,2 mil pontos
Governo PSDB/PFL: 11,2 mil pontos

39) Dívida externa:
Governo Lula: 165 bilhões
Governo PSDB/PFL: 210 bilhões

40) Desemprego no país:
Governo Lula: 9,6%
Governo PSDB/PFL: 12,2%

41) Eletrificação Rural
Governo Lula: 3 milhões de pessoas
Governo PSDB/PFL: 2,7 mil pessoas

42) Livros gratuitos para o Ensino Médio
Governo Lula: 7 milhões
Governo PSDB/PFL: zero

43) Geração de Energia Elétrica
Governo Lula: 1.567 empreendimentos em operação, gerando 95.744.495 kW de
potência.
Está previsto para os próximos anos uma adição de 26.967.987 kW na
capacidade de geração do País, proveniente os 65 empreendimentos atualmente
em construção e mais 516 outorgadas.
Governo PSDB/PFL em final de governo: apagão

44) Construção de Universidades Federais
Governo Lula: 10 universidades + 48 novos campi
Governo PSDB/PFL: 6 universidades federais em 8 anos

E PARA TERMINAR NO Nº 45:
45) Falcatruas e roubalheiras dentro das instituições do governo federal,
estatais, e empresas do governo:
Governo Lula: o povo conhece, a imprensa divulga, a polícia federal age e prende, a Controladoria Geral da União (CGU) investiga e denuncia livremente, o Congresso investiga e denuncia, CPIs são instaladas e corruptos são cassados; a justiça julga, o dinheiro roubado aparece e "companheiros" são expulsos, presos, demitidos, cassados ou punidos.

Governo PSDB/PFL: o governo escondia, a imprensa fazia "vista grossa"; a polícia federal não conseguia agir; o Congresso Nacional "levava o dele", calava e não investigava; as CPIs eram sufocadas e arquivadas; o dinheiro roubado ia sorrateiramente para o bolso dos "pais da pátria" de sempre ouera desviado para salvar empresas falidas (de amigos); o dinheiro bom do Tesouro Nacional era enfiado em estatais já saqueadas e sucateadas e que, após saneadas com dinheiro do contribuinte eram "entregues" aos "companheiros" da iniciativa privada que "têm mais competência para administrar"; o obscuro processo de venda de estatais dilapidou R$ 100 bilhões do Patrimônio Nacional.

Fontes: IBGE, IBGE/Pnad (Pesquisa Nacional de Amostragem Domiciliar - desde 1994); ANEEL; Bovespa; CNI; CIESP; Ministérios Federais e Agências Regionais; SUS; CES/FGV; jornais FSP, O Globo e O Estado;
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