segunda-feira, 5 de julho de 2010

Eu voto em Dilma

Sempre busquei votar com a minha consciência. Felizmente o meio em que conviví e convivo é o da eterna resistência democrática, dos que pautaram a sua conduta por um Brasil Livre de uma ditadura que nos foi imposta através de um golpe.

Foram anos e anos de muita dor, de muito sofrimento e sufoco. O nosso direito deveria ter sido, caso fossemos conformados, o da obediência, mas percorremos as trilhas da insubmissão, da insurgência necessária aos que apreciam a liberdade.

Voto em Dilma porque ela segue a mesma trilha dos que deram suas vidas para que hoje pudessemos respirar a liberdade. Não votarei nela apenas porque ela foi eleita por Lula para sucede-lo. Voto nela porque assim me exige a consciência e o dever cívico.

Meu voto será firmemente responsável, afinal temos que ratificar o nosso grau de repúdio à intolerância, a opressão e a repressão que se abateu sobre o Brasil no pós 64.

Digam o que quiserem dizer a respeito de Dilma, pois não fará mudar meu voto que, repito, será responsável. Meus ouvidos estarão surdos para as campanhas difamatórias e tudo mais que vier dos seus adversários políticos. Seguirei o caminho da retidão, do apreço às liberdades democráticas, do crescimento e da credibilidade adquirida internacionalmente. Não estou olhando para trás, apenas não desejo um regresso ao que vivemos nos tempos em que as botas governavam.

Pela Bahia e pelo Brasil, meu voto será responsável e consciente, voto em Dilma !

Por que apoiamos Dilma?

Carta Capital,
Mino Carta

Por que apoiamos Dilma?

02/07/2010 09:58:00

Guerrilheira, há quem diga, para definir Dilma Rousseff. Negativamente, está claro. A verdade factual é outra, talvez a jovem Dilma tenha pensado em pegar em armas, mas nunca chegou a tanto. A questão também é outra: Carta Capital respeita, louva e admira quem se opôs à ditadura e, portanto, enfrentou riscos vertiginosos, desde a censura e a prisão sem mandado, quando não o sequestro por janízaros à paisana, até a tortura e a morte.

O cidadão e a cidadã que se precipitam naquela definição da candidata de Lula ou não perdem a oportunidade de exibir sua ignorância da história do País, ou têm saudades da ditadura. Quem sabe estivessem na Marcha da Família, com Deus e pela Liberdade há 46 anos, ou apreciem organizar manifestação similar nos dias de hoje.

De todo modo, não é apenas por causa deste destemido passado de Dilma Rousseff que CartaCapital declara aqui e agora apoio à sua candidatura. Vale acentuar que neste mesmo espaço previmos a escolha do presidente da República ainda antes da sua reeleição, quando José Dirceu saiu da chefia da Casa Civil e a então ministra de Minas e Energia o substituiu.

E aqui, em ocasiões diversas, esclareceuse o porquê da previsão: a competência, a seriedade, a personalidade e a lealdade a Lula daquela que viria a ser candidata. Essas inegáveis qualidades foram ainda mais evidentes na Casa Civil, onde os alcances do titular naturalmente se expandem.

E pesam sobre a decisão de CartaCapital. Em Dilma Rousseff enxergamos sem a necessidade de binóculo a continuidade de um governo vitorioso e do governante mais popular da história do Brasil. Com largos méritos, que em parte transcendem a nítida e decisiva identificação entre o presidente e seu povo. Ninguém como Lula soube valerse das potencialidades gigantescas do País e vulgarizá-las com a retórica mais adequada, sem esquecer um suave toque de senso de humor sempre que as circunstâncias o permitissem.

Sem ter ofendido e perseguido os privilegiados, a despeito dos vaticínios de alguns entre eles, e da mídia praticamente em peso, quanto às consequências de um governo que profetizaram milenarista, Lula deixa a Presidência com o País a atingir índices de crescimento quase chineses e a diminuição do abismo que separa minoria de maioria. Dono de uma política exterior de todo independente e de um prestígio internacional sem precedentes. Neste final de mandato, vinga o talento de um estrategista político finíssimo. E a eleição caminha para o plebiscito que a oposição se achava em condições de evitar.

Escolha certa, precisa, calculada, a de Lula ao ungir Dilma e ao propor o confronto com o governo tucano que o precedeu e do qual José Serra se torna, queira ou não, o herdeiro. Carregar o PSDB é arrastar uma bola de ferro amarrada ao tornozelo, coisa de presidiário. Aí estão os tucanos, novos intérpretes do pensamento udenista. Seria ofender a inteligência e as evidências sustentar que o ex-governador paulista partilha daquelas ideias. Não se livra, porém, da condição de tucano e como tal teria de atuar. Enredado na trama espessa da herança, e da imposição do plebiscito, vive um momento de confusão, instável entre formas díspares e até conflitantes ao conduzir a campanha, de sorte a cometer erros grosseiros e a comprometer sua fama de “preparado”, como insiste em afirmar seu candidato a vice, Índio da Costa. E não é que sonhavam com Aécio...

Reconhecemos em Dilma Rousseff a candidatura mais qualificada e entendemos como injunção deste momento, em que oficialmente o confronto se abre, a clara definição da nossa preferência. Nada inventamos: é da praxe da mídia mais desenvolvida do mundo tomar partido na ocasião certa, sem implicar postura ideológica ou partidária. Nunca deixamos, dentro da nossa visão, de apontar as falhas do governo Lula. Na política ambiental. Na política econômica, no que diz respeito, entre outros aspectos, aos juros manobrados pelo Banco Central. Na política social, que poderia ter sido bem mais ousada.

E fomos muito críticos quando se fez passivamente a vontade do ministro Nelson Jobim e do então presidente do STF Gilmar Mendes, ao exonerar o diretor da Abin, Paulo Lacerda, demitido por ter ousado apoiar a Operação Satiagraha, ao que tudo indica já enterrada, a esta altura, a favor do banqueiro Daniel Dantas. E quando o mesmo Jobim se arvorou a portavoz dos derradeiros saudosistas da ditadura e ganhou o beneplácito para confirmar a validade de uma Lei da Anistia que desrespeita os Direitos Humanos. E quando o então ministro da Justiça Tarso Genro aceitou a peroração de um grupelho de fanáticos do Apocalipse carentes de conhecimento histórico e deu início a um affair internacional desnecessário e amalucado, como o caso Battisti. Hoje apoiamos a candidatura de Dilma Rousseff com a mesma disposição com que o fizemos em 2002 e em 2006 a favor de Lula. Apesar das críticas ao governo que não hesitamos em formular desde então, não nos arrependemos por essas escolhas. Temos certeza de que não nos arrependeremos agora.

Os três montes

Foi um sonho bonito, cuja significação transcende  minha capacidade de interpretação. Estávamos todos em um ambiente claro e iluminado. Um templo religioso a princípio.
Não recordo, contudo, de ter visto - no sonho - a presença de um altar-mor, ou de santos.Em um dado instante, eu, meu pai, minha mãe, irmãos e demais familiares, apreciávamos a beleza das sepulturas em um dado local, tão radiante quanto o tempo.


Repentinamente meu pai visualizou o nome de alguém que havia conhecido e a quem me pareceu ter grande grau de admiração e respeito.


Chegou a pronunciar o nome de alguém. Reparei o nome pronunciado em ma inscrição lapidar, Era um nome estranho!


Em gesto de veneração meu pai pôs-se a rezar. Fez uma breve oração que, finalizada, aguçou minha curiosidade.


Vi algo que peguei e examinei. Surpreso verifiquei símbolos pertencentes à maçonaria, o que me levou a iniciar conversação com alguém.


Estava a fazer revelação que não deveria e, por isso mesmo, meu pai repreendeu minha indiscrição com suavidade. Pediu-me para guardar segredo sobre o que havia notado e, pegando-me pelo braço disse-me:
 - Venha! Vou lhe mostrar algo que basta ter olho pra ver, mas passa despercebido pela maioria dos mortais.


Fomos para um descampado, de onde descortinávamos a linha do horizonte. Ele me perguntou, diante daquele cenário, o que eu via. Disse-lhe que via uma espécie de caatinga em hora do sol se por. Ele, então, pediu-me para que ficassemos de bruços e, aos poucos, foi-me surgindo a imagem de três montes...
 
Pôr do Sol, Campo Formoso, zona rural



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