domingo, 8 de junho de 2014

Arquivo Marxista na Internet -Pra conferir!



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Operação Condor

Comissão Nacional da Verdade vai buscar informações sobre desaparecidos da Operação Condor

Bairro carlos prates bhAna Graziela Aguiar – Repórter da TV Brasil.
Brasília – A dor de quem tem um parente desaparecido parece eterna. É o caso de Deni Peres, que não sabe o paradeiro do irmão Luiz Renato Pires, o único brasileiro que desapareceu na Bolívia, vítima da Operação Condor, ação conjunta entre seis países sul-americanos, inclusive o Brasil, contra opositores às ditaduras militares, no fim da década de 1970.
“É a falta de não ter enterrado um corpo, não ter um final”, desabafa Deni Peres. O governo do Brasil reconheceu, até hoje, o desaparecimento de 13 brasileiros fora do país durante a operação, sendo sete na Argentina, cinco no Chile e apenas um na Bolívia.
Na tentativa de esclarecer o que ocorreu com esses desaparecidos políticos, a Comissão Nacional da Verdade criou um grupo exclusivo para tratar da Operação Condor. A coordenadora do trabalho e conselheira da comissão, Rosa Maria Cardoso, diz que o grupo irá em busca de documentos e depoimentos para resgatar a história. “Nós vamos caracterizar essa operação, levantando questões factuais e evidências também. Vamos ver os antecedentes no caso brasileiro”, disse.
O trabalho do grupo é visto por muitos como um princípio para se tentar apurar os crimes – como o desaparecimento de pessoas – cometidos durante a vigência da operação político-militar. Para a deputada federal e presidenta da Comissão de Direitos Humanos da Câmara, Luiza Erundina (PSB-SP), a Lei da Anistia é um dos entraves para as investigações. “Os generais militares foram anistiados com a Lei da Anistia e os opositores tiveram que pagar com prisão, com exílio, com processos na Justiça Militar. Lamentavelmente, é isso que a gente não pode permitir, que haja mais retrocesso da democracia brasileira”, conclui.
Para o presidente do Movimento de Justiça e Direitos Humanos, Jair Krischke, em alguns dos países que integraram a Condor – como, por exemplo, a Argentina – a apuração dos crimes está em ritmo avançado. “Precisamos resgatar a verdade. A Comissão Nacional da Verdade tem a obrigação para com o povo brasileiro de resgatar essa verdade. Tem que dizer quem fez o quê.”
Ele ressalta a criação das comissões estaduais da Verdade, que servirão para impulsionar a comissão nacional. “Quanto mais, melhor. Para ver se nós conseguimos, ao final das contas, chegar onde devemos chegar, que é apontar aqueles que foram responsáveis por esses crimes.”
Desde segunda-feira (15), a TV Brasil exibiu a série jornalística, com quatro reportagens, sobre a Operação Condor. A última foi exibida ontem (19) no Repórter Brasil Noite, com reprise hoje (20) no Repórter Brasil Manhã, às 8h. Depoimentos completos, fotos e documentos estão disponíveis no portal da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), no endereço www.ebc.com.br/operacaocondor.
Edição: Lana Cristina e Carolina Pimentel

Stuart Angel

CNV apresenta relatório sobre o caso Stuart Angel

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Apresentação será realizada nesta segunda, dia 9, a partir das 14h30


A Comissão Nacional da Verdade apresentará na próxima segunda-feira, dia 9, a partir das 14h30, no auditório do Arquivo Nacional, no Rio de Janeiro, relatório preliminar de pesquisa sobre o caso de Stuart Edgar Angel Jones, assassinado sob tortura, por agentes do Cisa (Centro de Informações da Aeronáutica), nas dependências da Base Aérea do Galeão, em maio de 1971.

A CNV analisou documentos e testemunhos, ouviu o depoimento de testemunhas e, no último dia 30 de maio, complementou o trabalho de pesquisa com diligência pericial de reconhecimento da Base Aérea do Galeão, local da morte de Stuart Angel. A Base Aérea do Galeão é a quinta estrutura que foi usada pelas forças de repressão como local de prisão, tortura e morte que a CNV reconheceu.

Durante o trabalho de campo, ex-militares confirmaram a existência de uma prisão do Cisa, comandado pelo brigadeiro João Paulo Moreira Burnier, nas dependências da base e indicaram o local. Dois civis presos no local também reconheceram a base como local de tortura.

A morte de Stuart Angel, um ex-estudante de economia e professor que tornou-se militante do Movimento Revolucionário 8 de Outubro (MR-8), chamou a atenção do Brasil pela extrema violência usada pelos agentes que o torturaram e mataram e também pela incansável luta da estilista Zuzu Angel, em busca de notícias sobre o paradeiro do filho, o que constrangeu o governo brasileiro.

Zuzu morreu em abril de 1976 e a Comissão Especial sobre Mortos e Desaparecidos Políticos reconheceu em 1998 que sua morte, apontada como acidente de carro na época, foi um atentado político relacionado à morte de Stuart, uma vez que os militares nunca aceitaram o descrédito sobre o regime no plano internacional que a campanha da estilista provocou.

A apresentação da CNV é aberta ao público interessado e à imprensa, limitado ao espaço do auditório do Arquivo Nacional. O evento será transmitido também ao vivo pela CNV no endereço: www.cnv.gov.br/aovivo


SERVIÇO

O quê: Apresentação do relatório preliminar de pesquisa sobre o caso Stuart Angel
Quando: Dia 9 de junho de 2014, segunda-feira
Horário: 14h30

Onde: Auditório do Arquivo Nacional
Endereço: Praça da República, 173 – Rio de Janeiro, RJ
Transmissão ao vivo: www.cnv.gov.br/aovivo
Comissão Nacional da Verdade
Assessoria de Comunicação
Mais informações à imprensa: Marcelo Oliveira
(61) 3313-7324 | comunicacao@cnv.presidencia.gov.br
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